CRIATIVIDADE E SUA RELEVÂNCIA EM CONTEXTO ESCOLAR
A criatividade tornou-se um termo cada vez mais popular e abrangente. E é, sem dúvida, a par da lucidez e da autonomia, um dos aspectos mais preciosos de uma pedagogia, centrada no desenvolvimento pessoal e social do indivíduo, pelo que é, cada vez mais considerada como um valor positivo em si mesmo. Segundo a Lei de Bases do Sistema Educativo, um dos princípios gerais da educação é a formação de «cidadãos capazes de julgarem com espírito crítico e criativo o meio social em que se integram e de se empenharem na sua transformação progressiva». Todavia, interessa-nos sobretudo abordar a problemática da criatividade ao nível do Ensino Básico, quer porque se trata de um dos objectivos explícitos desse grau de ensino, (LBSE, art. 7.º), quer porque os alunos atravessam, durante esse ciclo de estudos, uma fase fulcral do seu desenvolvimento no sentido da construção da sua identidade pessoal e do seu processo de socialização.
No fundo, a criatividade é tudo aquilo que o aluno necessita para fazer face às questões, problemas ou dificuldades, com que se depara no dia-a-dia, não sendo parte delas mais do que situações imprevisíveis. E para conseguir resolver tais situações precisa reunir os instrumentos de apoio que são a sua capacidade intelectual e motivação intrínseca que, por sua vez , o ajudam a descobrir os meios que lhe permitem pôr o seu talento em prática e a procurar outras formas ou percursos diferentes para resolver um mesmo problema ou uma dada situação.
Segundo Papalia et al (2001) não existe uma fronteira exacta entre criativo e não criativo, entre sobredotado e não sobredotado e talentoso e não talentoso. Todas as crianças beneficiam do facto de serem encorajadas nas suas áreas de interesse e capacidade. A promoção de inteligência, criatividade e talento nas crianças pode ajudar todas elas a realizar ao máximo o seu potencial.
Professora Isabel Manso
O artigo foi elaborado com base na Dissertação de Mestrado intitulada "Formação Cívica e Criatividade" apresentada à UBI, por Isabel Manso em Setembro de 2008.
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